quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Indústria petrolífera impulsiona aeroportos do interior do Rio


  Impulsionados pelo crescimento do setor de petróleo e gás, aeroportos do interior do Estado do Rio crescem e ganham investimentos. Para atender melhor a demanda de empresas como Petrobras e OGX, o de Cabo Frio inaugurou este mês a primeira parte de sua expansão. Em Maricá, o projeto é transformar o aeródromo municipal em um aeroporto para servir o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). Já o espaço de Macaé se estabelece como a porta de entrada e saída de cargas e pessoas do maior polo petrolífero fluminense.

  Com um aumento de 48% no embarque e desembarque de passageiros e 61,7% nos pousos, em relação a 2011 - a maioria de funcionários e helicópteros das plataformas de petróleo em alto mar - o Aeroporto de Cabo Frio confirma a sua vocação e começa a crescer. Até 2014, serão investidos R$ 60 milhões na ampliação do pátio de aeronaves na construção de novos terminais de cargas e de passageiros. Este mês, a primeira fase foi concluída e já há espaço para operação de mais seis helicópteros.

- No fim das intervenções chegaremos a mais 30 posições para helicópteros. Conseguiremos, no total, atender 45 aeronaves. Por isso, também precisaremos de um novo terminal de passageiros e mais espaço para armazenar cargas - explicou Pedro Orsini, diretor geral da Libra Aeroportos, gestora do aeroporto.

Além de dobrar a área coberta, que atualmente é de 16 mil m2, será construído um novo terminal de passageiros que terá capacidade de atender 1,2 milhão de passageiros por ano. De janeiro a agosto deste ano, o desembarque de cargas em Cabo Frio - entre máquinas, equipamentos e insumos industriais - para as indústrias petrolíferas cresceu 75,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Mas os planos não param na indústria do petróleo. De acordo com Orsini, o aeroporto também quer atender a indústria farmacêutica, que se concentra na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Para isso, precisa receber autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fazer o transporte de produtos e matérias-primas.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, o mercado petrolífero ajuda no crescimento de diversos setores da economia do Estado.

- A economia do Rio de Janeiro está fortemente baseada na indústria do petróleo, não só pela exploração e produção, mas por tudo o que a cadeia gera no estado. Os investimentos na expansão dos aeroportos deixa bem clara a importância dessa cadeia que, indiretamente, contribui para a expansão da atividade econômica de outros setores e, consequentemente gera mais emprego e renda.

Vocação

Com a vocação de servir as plataformas petrolíferas da Bacia de Campos, o Aeroporto de Macaé recebe diariamente os pousos e decolagens de helicópteros que circulam entre as unidades marítimas da área. Na rota do Comperj, o aeródromo de Maricá quer seguir o exemplo de Macaé e Cabo Frio e crescer junto com o setor. Atualmente habilitado apenas para receber voos de treinamento e de táxi aéreo de pequeno porte, o espaço já conta com um projeto de expansão.

O projeto da Prefeitura é aproveitar a localização estratégica, a 200 km em linha reta das plataformas do campo Lula, para transformar o espaço em uma base de apoio às operações de helicópteros do pré-sal e em terminal para aviação executiva internacional. A previsão é que, em 2017, o novo aeroporto movimente 68 mil passageiros por ano, com tráfego estimado de 10 mil aeronaves.

- O projeto do aeroporto vai trazer muitos benefícios para a população, inclusive no aspecto da segurança, já que antes não tínhamos o controle do espaço aéreo - afirmou o secretário de Fazenda, Roberto Santiago.
Fonte: imprensa RJ

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